segunda-feira, 21 de março de 2011

O que Os Beatles tem a ver com Videojornalismo? A Revolução Digital explicada por Michael Rosemblum

A pergunta título deste post é respondida por Michael Rosemblum, um dos papas do videojornalismo.

Ele escreveu um post muito interessante, que encontrei no perfil dele no Facebook, com o título "Uma Banda de Amadores".

Rosemblum aproveita o contexto do surgimento dos Beatles, no final dos anos 50, para fazer um paralelo com uma questão que gera polêmica nos tempos digitais: os papéis concorrentes entre "amadores"  e profissionais com câmeras de vídeos nas mãos.




Rosemblum para quem não o conhece...

Michael Rosemblum é um dos principais difusores do videojornalismo no mundo.
Além de uma escola própria, a NYVJ, em Nova Iorque, ele vive por aí ao redor do mundo treinando gente em diversos países.

Foi ele, por exemplo, o responsável por uma verdadeira revolução na BBC de Londres. Em 2005 Rosemblum realizou o programa de treinamento que trocou 65 equipes tradicionais de externa de TV por 750 videojornalistas que trabalham como unidades autônomas independentes de produção de conteúdo digital para os vários canais da emissora pública britânica na TV e Internet.

Voltemos aos Beatles...

Lá por 1957, na época em que os Beatles se conheceram adolescentes - antes mesmo de ganharem o nome que os tornaria famosos no mundo inteiro - eles formaram uma banda chamada The Quarrymen.

Naqueles tempos, assim como hoje, qualquer amador poderia ter um instrumento (antes um violão, por exemplo, hoje uma câmera de vídeo). 

O que teria então feito surgir entre tantos os Beatles, como uma das maiores bandas de rock da história?

Bem, além do talento natural dos meninos de Liverpool, assim como hoje existe a revolução digital e a explosão das câmeras, houve no fim da década de 50 uma outra revolução tecnológica muito importante que permitiu o aparecimento deles para o mundo, como explica Rosemblum: 

"Instrumentos musicais, é claro, estão nas mãos dos "amadores" desde o advento das peles esticadas na bateria. O que estava faltando, pelo menos até a década de 1950, foi um mecanismo de distribuição. A tecnologia mudou tudo isso."


A tecnologia de distribuição eram os rádios portáteis com transistores, os radinhos de pilha que se popularizavam.


Rosemblum cria um paralelo com a popularização das câmeras, dos equipamentos de edição e das ferramentas de publicação e compartilhamento.

Com isso, da mesma forma que aprendem a tocar violão e se apresentar,  hoje é simples para qualquer moleque adolescente produzir audiovisual para o mundo todo assistir.

Para Rosemblum os iPads e iPhones (e outros dispositivos móveis do gênero) são os radinhos da era digital:

"iPads e iPhones são os radinhos da década de 2010 (ou qualquer coisa que chamá-los).
Eles também têm demanda para um apetite insaciável por conteúdo, mas desta vez em vídeo.
Os Beatles não imitam a Orquestra Sinfônica de Londres, mas com instrumentos mais baratos e menos pessoas - eles criaram o seu próprio somEstou disposto a apostar que há jovens com 15 anos de idade (ou talvez mais) em Liverpool ou Mumbai com câmeras de vídeo e iMovie e que estão prontos para criar suas próprias visões de mundo.
E existem cerca de 4,6 bilhões de telefones inteligentes (na última contagem), prontos para transmitir o que eles fazem."

Eu também, Michael!!!

@BEATLES
Abaixo, uma brincadeirinha audiovisual que eu fiz no Imovie, do mac, com algumas fotos que achei na net, dos Beatles com câmeras de foto ou cinema.

A ferramenta de edição, é considerada como amadora pelo mercado de vídeo...
(como os Beatles no começo da carreira!)

Fico imaginando: o que não fariam eles hoje com mídias móveis e ferramentas digitais?
Captação, edição e publicação de conteúdo pelo celular...
Quantos seguidores teriam no Facebbok e no Twitter???



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Clique aqui para ver o post original do Michael Rosemblum.
Clique aqui para ver outras fotos dos Beatles com câmeras.

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