Em meio à revolução digital e atenta às novas possibilidades de registro audiovisual, a Folha.com também está usando as câmeras DSLR.Um dos exemplos recentes está no vídeo que indico neste post pós-carnaval, em VR produzida por André Filipe, enviado especial ao Rio.
Simplificando para os leigos, DSLR (Digital Single-Lens Reflex) são câmeras fotográficas que também fazem vídeos em alta definição, com qualidade de cinema.
As maiores estrelas dessa nova onda são as câmeras 5D e 7D, da Canon, ilustradas na foto.
Entre outras características ressaltadas nesses equipamentos - além da possibilidade de troca de lentes, para quem gosta de pirar em cinematografia - estão: o custo mais acessível do equipamento e a portabilidade para o registro àgil da informação.
À primeira vista, porém, o que literalmente salta aos olhos é a diferença da textura da imagem - que agora é muito mais parecida com aquela que vemos quando assistimos aos filmes feitos para a telona, só agora nas telinhas.
Aproveitando a ressaca da folia de carnaval, veja só a qualidade da imagem no vídeo abaixo.
Pioneirismo
A Folha.com, porém, não é pioneira... Depois de usar câmeras de formato DV, recentemente ela adquiriu as DSRLs para fazer vídeos HD.
Antes disso, que eu saiba, o primeiro profissional da imprensa brasileira que utilizou essa nova tecnologia para fazer videorreportagem foi a Renata Falzoni, da ESPN Brasil, durante a Copa da África, no ano passado. Neste link dá pra ler um dos posts dela da época...
Pelo Mundo
Muitas já são as empresas jornalísticas ao redor do mundo também estão usando as DSRLs para captação de filmes feitos por jornalistas.
Um exemplo interessante e muito, muito bonito de ver é o vídeo abaixo, produzido pelo videojornalista Omar Khalifa para a TV árabe Al Jazeera. A dica veio do blog Cinegrafistas, do meu colega Adauto Nascimento.
Repórter-cinematográfico dos bons, que flerta com o videojornalismo, Adauto fez uma reflexão interessante no post "Jornalismo ou Cinema? Ou os dois?". Aliás, vale apena seguir o blog dele!
Apesar da qualidade em HD, nem tudo são flores...
E muitas das impressões sobre essas câmeras estão no blog dela. Um dos posts é "HDSLR: a (r)evolução da produção audiovisual".
Carol tem íntima relação com o cinema e faz sempre relações interessantes com o uso das DSLRs para fazer jornalismo de forma criativa, seja para TV, web ou cinema.
Apesar do entusiasmo, pelo menos por enquanto, um dos problemas apontados nas DSRLs é a captação de áudio, que ainda conta com uma simples entrada P2 (iguais à maioria dos fones de ouvido), e com uma forma de trabalho que dificulta o vôo solo para produzir uma boa videorreportagem.
Como explica Carol, em dois posts diferentes (1,2), quem produz VR com as DSLRs acaba tendo que captar o áudio separado para, depois, sincronizar imagem e áudio na raça, na ilha de edição.
E assim vamos, até a próxima evolução tecnológica que surgirá melhorar esse recurso da captação de áudio, voltamos à era inicial do cinema, onde a limitação técnica da época obrigava os profissionais a captarem áudio separado de imagem...
Em um desses posts, deixei um comentário... A resposta dela foi: "compre uma DSLR, compre uma DSLR, compre uma DSLR…
"Aproveito, então, para responder: Sim Carol, eu quero comprar e isso já é meu objeto de desejo!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário